sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Animus

Essa palavra é originária do latim significa alma, espírito, sopro divino. É o que dá vida aos corpos de todos os seres. Essa essência original e ao mesmo tempo similar a todas as outras em alguns aspectos, é nosso ponto de partida e de saída dessa vida.
Nossa jornada também deve começar por aí, internamente, percebendo-nos, nos conhecendo. Algumas coisas conseguimos mudar em nós ao longo dos anos mas outras não, por que será? Até que ponto conseguimos realmente nos aperfeiçoar?! É o animus que determina isso ou fica por conta de nossa força de vontade!? Talvez simplesmente não se consiga pular etapas, ou seja, não se consegue aperfeiçoar certos desvios antes de outros(que nem percebemos como tais).

O ser humano tem muitas dúvidas e curiosidade em relação ao que chamamos de alma. De acordo com que o tempo passa vamos nos percebendo mais e assim, quem sabe, chegará o momento da revelação e visualizaremos nosso verdadeiro animus.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Crescer & Ser


A geração que está aí agora talvez tenha mais dificuldade em passar da fase de criança para a de adolescente e então para a adulta do que as anteriores. Antes tinha-se uma “trilha”, muitas vezes traçada pelos pais é verdade, muitas vezes sem a participação do mais comprometido, porém, já era um empurrão que tirava a criatura da condição infantil para a de uma pessoa “em desenvolvimento”. Quando se passava para a quinta série (hoje sexto ano) por volta dos 11/12 anos de idade, os livros mudavam, já tinham menos figuras e com o vocabulário mais difícil. Os professores já cobravam certa maturidade e postura dos alunos. Em alguns casos o adolescente já participava como força de trabalho, contribuindo para as despesas de casa. Não vejo nada de errado em adolescentes de 14 anos em diante começarem a trabalhar em meio expediente, aliás gostaria que minha filha tivesse essa experiência. Mas hoje em dia parece que você está mandando o adolescente cortar cana como bóia fria, quando se fala em trabalho para essa idade.

Penso que boa parte desse problema esteja nas escolas e no meio familiar. Verifica-se uma infantilização na didática atual, na psicologia e/ou psicopedagogia aplicadas nas escolas. Elas associadas a um meio familiar super protetor e permissivo são responsáveis por esse atraso no amadurecimento, já que tudo pode estragar “a auto-estima do aluno”. Esses momentos de frustração pessoal tem que acontecer mais cedo ou mais tarde, é natural. O que não é natural é não passar por eles e se tornar alguém que não sabe lidar com o “não” e com o desapontamento. Somos falíveis, ora como somos!!!

Talvez nossos ritos de passagem não sejam suficientemente marcantes para valerem como tais. Hoje em dia percebe-se que a aplicação de tatuagens e piercens substituiram em grande parte os bailes de debutantes e de formatura. A antecipação da vida sexual também é visto como sinal de engajamento e “maturidade”. As tribos são muitas e o entendimento pouquíssimo. Percebe-se uma juventude dispersada por excesso de informação (geralmente equivocada e passada goela abaixo), focada no consumo, não importa do quê.

A mensagem é para pais e educadores, vamos ser menos superprotetores, vamos cobrar que as escolas dêem maior responsabilidade aos alunos e não jogar nos pais o compromisso de monitorar o tempo todo os estudos de seus filhos. Corremos o risco deles não saberem agir independentemente.
Sabemos que a violência atual não acontecia na nossa época, mas tudo muda e devemos permitir que nossos filhos tenham a experiência pessoal de interagir e aprendam a lidar com o mundo lá fora. Pois a pior coisa que podemos fazer é contribuirmos para formarmos desajustados.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Mysterium Tremendum et Fascinans

“Todos nós nascemos como animais e vivemos a vida que os animais vivem: dormimos, comemos, reproduzimos e lutamos. Há, todavia, uma outra espécie de vida, que é desconhecida dos animais, aquela do assombro ante o mistério do ser, o mysterium tremendum et fascinans, que pode ser a raiz e o tronco do sentido espiritual da existência de cada um. Esse é o nascimento — o nascimento virginal — no âmago de uma vida espiritual propriamente humana.” (Joseph Campbell - Isto és Tu)

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Amor demorado..


Estar num relacionamento há muitos anos é ao mesmo tempo simples e complicado. Simples por não esperarmos muitas surpresas à frente, já se “sabe” o que esperar do outro, e também do que esperam de nós...Complicado por querer romper com essa entediante previsibilidade e ao mesmo tempo não querer colocar em risco o lado bom que o mesmo proporciona, pois tem lados ótimos.

Importante também é não se sentir sentenciado(a) a passar o resto da vida com alguém só porque já está há tanto tempo juntos...parece ridículo..mas tem gente que pensa assim por aí. Questionar e avaliar o porque estão juntos é um bom motivo para se renovarem e resolverem questões pendentes.

As pessoas tendem a acumular coisas negativas em vez de solucioná-las, creio ser por isso que na velhice vemos muitos casais enfrentarem conflitos antigos, pois quando chega a idade, essas pendências reaparecem com força total e os envolvidos passam a disputar entre si em vez de se resolverem em prol da paz e do relacionamento amoroso.
Por outro lado, essas almas ficam com uma sensação de pertencimento uma com a outra. Aquela troca de olhares de um para o outro, vendo se concorda, se quer aquilo, se continua assim etc. A cumplicidade é uma conquista gostosa que acontece com o tempo. A comunicação fica cada vez mais sutil ao mesmo tempo o entendimento se torna mais silencioso.

Isso tudo faz parte de amar por tanto tempo, mesmo que não se tenha a paixão e o sexo tão fortes como no começo. O que se vive agora, tanto em sua intensidade como em sua nobreza, renovam e estimulam os dois a continuarem....juntos.

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