terça-feira, 1 de setembro de 2009

Incompletos....mas felizes

Normalmente sempre colocamos a incompletude como algo negativo, mas nem sempre isso é verdade. A ideia perfeccionista do senso comum muitas vezes nos atrapalha refletir sobre a real importância de cada influência em nossas vidas. É a mesma ideia do vazio, ele é necessário tanto mental como fisicamente.

Um amigo abordou em seu blog (http://kerstingesculturas.blogspot.com/ ) a questão dos fragmentos como parte importante de nossa trajetória. Ele diz que as coisas que deixamos de fazer muitas vezes criam “alicerces invisíveis” e positivos para nossa vida e concordo plenamente com essa forma de pensar.

Relacionamentos não concretizados ou interrompidos, cursos incompletos, projetos inacabado podem servir e serem tão enriquecedores e importantes às nossas vidas como qualquer outra vivência totalmente finalizada. Talvez seja interessante pensar se algumas coisas que estamos fazendo no momento ajudariam mais se não fossem terminadas....Então?!?!

2 comentários:

Ricardo Kersting disse...

Helena.
A visão superficial das generalidades é que nos faz sentir necessidade do ser completo. Na verdade começo a imaginar que o completo não existe, ou se existe, nem sempre é vital. A materialidade completa é inútil, pois ela necessita da fragmentação e transformação para tornar-se outra coisa que nem sempre precisa ser concluída. As possibilidades aumentam na medida que as coisas não são feitas integralmente, pois podem seguir caminhos isolados ou simplesmente comporem novas ideias.

Muitas vezes somos cobrados por algo que deixamos de fazer, mas o que precisa ser compreendido é que muitas coisas têm uma duração excessivamente longa em relação à sua importância e nada mais natural que as deixemos de lado para nos dedicar às coisas verdadeiramente importantes...

Gostei do teu enfoque ao assunto vou aguardar ansiosamente outros textos sobre..
Abraços..

Raphael Lima disse...

Salve Helena!
Abençoado me senti ao te reler a cá. Isto é o que exatamente estou sentindo do mito dos generos que se mostram em dualidade, mas que em verdade são o UM que nos remete a satisfação plena sonhada por nossa espécie.
Sabe o UM que se mostra em diversos simples e complicados mas no amago: Unção - UM SÃO!
Tanto ideal como praticamente a própria vida sem ou com interferência se manifesta num processo de harmonização ou busca desta. Exs: Pela a poesia das estações e os giros do mundo... E o nosso coração falando sempre firme o Caminho Certo a se Caminhar...
Beijo e eterna gratidão!
Hoje domingo, sozinho, incompleto e repleto de certeza inintelígivel e segura que o eu mesmo é uma Coisa Só e que somos só essa coisa Só na multiplicidade e na divisão.