quinta-feira, 14 de maio de 2009

Saberes


Outro dia vi um outdoor com o seguinte slogan: “Comece pelo topo” com a foto de um rapaz jovem de terno e gravata. Anunciava uma escola de idiomas...Fiquei pensando na frase e na imagem, até que comecei a rir...Como começar pelo topo? Só por ter domínio de um idioma?!? E os outros aspectos? Tais como: maturidade, know-how, traquejo com o trato interpessoal no trabalho etc. Aí me vem à cabeça a mentalidade brasileira de querer se dar bem em tudo, passando por cima de qualquer coisa.
Na sofreguidão de adquirir conhecimento esquece-se do principal, o aprendizado não depende somente de alguém passá-lo à outro numa sala de aula, precisa-se ter prontidão para que o conhecimento se estabeleça. A prontidão é a reunião de alguns requisitos, podendo ser de variadas origens, psicológicas, formais, informações e/ou experiências anteriores, etc. Lamentavelmente poucas pessoas tentam aprender com o colega mais antigo, o que é pior, muitas vezes tentam combatê-lo dentro do ambiente de trabalho.

Na era da informação vê-se quase nada em termos de crítica da informação, menos ainda do desdobrar da mesma. Conhecimento de nada serve se não for multiplicado e aplicado. Senão corre-se o risco de se tornar PHD de “coisa” nenhuma.

Segue foto de um vaso feito pela Sra. Shoko Suzuki – 80 anos - ceramista autodidata – ela mesma construiu o forno e o torno que trabalha.

Um comentário:

Ricardo Kersting disse...

Oi Helena, como disse, concordo contigo. Em gênero, número e grau.
Beijos.