segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Intervalo


Desaba a chuva nos campos,
Embalada pelo vento, fecho os olhos.

O cheiro da terra invade a alma
Nascendo em mim nova luz.

Me transporto para um lugar comum,
Que todas as lembranças ancestrais nos levam...

Como o cheiro da pessoa amada,
Dos travesseiros, das flores e pedras,
Dos sentimentos que teimam em não voltar.

Nesse momento íntimo,
Encontramos a essência e a verdade
Que habitam em nós.

Simplesmente felicidade....

E quando voltamos a perceber o tempo,
Os ruídos à nossa volta,
A magia terminou.

Novamente trilhamos a rotina,
Embotados nos limites estipulados por nós.

Um comentário:

Ricardo Kersting disse...

Tudo isso junto a um sorriso, que certamente deve ter acontecido.
O intervalo às vezes, é o começo de tudo, mesmo estando quase sempre na metade.
Beijos