terça-feira, 8 de outubro de 2024

Jeito Antigo

 



 Ir na caixa do correio e encontrar algo personalizado para nós, é hoje um privilégio.

Mesmo com todas as formas mais modernas de comunicação, creio que não há nada que se compare com o recebimento de uma carta por correio. Digo carta de verdade, escrita por alguém que tem uma ligação afetiva real e com reciprocidade.

Desde sua concepção há um vagar, um tempo que alguém destinou para agrupar notícias, estórias e sentimentos em palavras, totalmente direcionadas à você. Uma carta nunca é igual a outra, mesmo que a pessoa vá contar a mesma estória para outra pessoa, ela vai usar diferentes palavras, pois o sentimento em relação aos outros difere.

A carta que escrevemos para alguém é única, espera-se a oportunidade para contar as notícias, boas e ruins, com o empenho de não precisar explicar mais nada, que aquelas palavras bastem para o entendimento do outro sobre determinada experiência vivida.

É muito bom descobrir o envelope na caixa, identificar a letra do remetente, e antecipar o momento de “estar” com aquela pessoa que está longe.

Abrir o envelope com cuidado para não rasgar a carta, desdobrá-la e finalmente ler, atentamente. Por alguns minutos o tempo pára, nos transportamos para a narrativa, construindo imagens e percebendo sentimentos. Já meio tristes de chegar ao fim, retomamos a realidade e o tic-tac do relógio volta a ser percebido.

quinta-feira, 6 de junho de 2024

Educação Familiar


 

“As fundações de nossa capacidade para diferenciar entre bem e mal são assentadas na infância; a princípio no que toca as funções fisiológicas e depois com referência a questões de comportamento mais complexas. A criança adquire um sentimento de distinção entre o que é bom ou mau antes de aprender a diferença pelo raciocínio.” (Erich Fromm – “A  Análise do Homem” - pag 20)

 

Antes de ser mãe costumava ter um olhar crítico observando como as outras pessoas educavam seus filhos.

Assim que me tornei mãe vi que a empreitada é bem mais complicada pois fazemos comparações com base na educação que tivemos, tanto nos erros como nos acertos, essa educação teve um contexto histórico e social bem diferentes do atual. O que se precisa ter em mente é que o bom resultado da educação familiar tem variáveis, tais como: originalidade de cada ser, aspectos (físicos, neurológicos etc) inatos de cada filho, contexto social e a mentalidade vigente, pouco contato dos pais com os filhos por motivos de trabalho e às vezes a falta de habilidade que cada educador(pais ou outros) tem de se comunicar, tratar e reagir junto aos filhos.

Os pais não devem ter medo de perder o afeto de seus filhos ao corrigir as ações que não condizem com os princípios básicos de respeito a si e ao outro, responsabilidade, honestidade, trato cordial, e responsabilidade por seus atos e palavras. Quando os pais são omissos, as crianças se sentem inseguras, sem um “norte”, isso sim, é uma grande abertura para a adoção de valores inversos. A educação familiar é a raiz, a base de um ser humano.

Atualmente os pais têm muita dificuldade de serem firmes e de corrigirem os desvios em tempo real. Existe também uma mentalidade de “reverenciar” os filhos, forma absurda e permissiva, o que lembra a frase “Muitos querem ter filhos, mas nem todos querem ser pais.” Não se deve pensar que as crianças serão educadas na escola, lá é outro ambiente, sendo que a proposta é adquirir conhecimento, a base de valores e princípios deve vir da família. Atualmente poucas escolas trabalham com  filosofia pedagógica, a qual seria o fio condutor de todos os projetos daquela instituição. Algumas tratam os alunos como “clientes” à serem agradados, algo como “vender educação”. A escola que pensa dessa forma tem que fechar as portas em minha opinião. A instituição educacional deve respeitar o aluno e ensiná-lo a respeitar, deve prover uma formação de qualidade e coerente com a filosofia da escola, oferecendo um ambiente sadio, limpo e cheio de estímulos que colaborem para a formação de princípios e valores elevados.  

 A mentalidade deve ser a de respeitar sim as individualidades de cada um, porém um direito se esvai quando o desrespeito se inicia pela outra parte, principalmente se ela for menor de idade. A criança na primeira infância (0 a 6 anos) não tem insumos para saber o que é bom ou não para ela, por isso eles precisam de atenção, orientação e correção dos desvios.  

Como diria Rubem Alves, devemos ensinar as crianças a pensar, uma vez desenvolvida essa habilidade, ela terá facilidade de aprender de tudo na vida. Em tempos de divulgação em massa de informações de todo tipo e teor, devemos acrescentar a crítica da informação em nossos esforços em preparar os pequenos para a vida. Para que, ao acessarem uma informação, tenham por hábito checar historicamente se faz sentido o que está sendo veiculado e decidir o que fazer com ela, mesmo que tenha que ir “contra a maré” da maioria.

CORTAM-SE AS PERNAS E VENDEM-SE MULETAS


 

O mundo nunca teve tantas pessoas doentes como hoje, tanto física como mentalmente(excesso de mortes entre jovens e adultos - Dr. John Campbell - YouTube) e índices altos de suicídio em vários países). A superpopulação traz esse tipo de ameaça, onde temos aglomeração de um número muito grande de algum animal, as doenças irão aparecer. No entanto creio que temos outros fatores preponderantes, que acredito serem: excesso de agrotóxicos e químicas debilitantes na água, terra e alimentos, excesso de uso de medicamentos – incluindo nefastos efeitos colaterais de supostos imunizantes - e solos empobrecidos(tiramos da terra e não a alimentamos).

As pessoas buscam solução nos médicos, que por sua vez são formados nas universidades por meio de apostilas de laboratórios farmacêuticos. Não utilizam os conhecimentos de centenas de anos da medicina ocidental nem da milenar medicina oriental. Eles não aprendem a investigar a raiz da doença para curá-la, foram formados para prescrever substâncias químicas, que nem eles mesmos são capazes de prever o impacto delas na saúde de uma pessoa. Ou seja, o “remédio” muitas vezes é a causa de outras doenças, que levam à mais “remédios” e assim o ciclo interminável de doenças se instala. A realidade que vivemos é que vidas humanas estão sendo usadas como combustível para alimentar, com bilhões de dólares, a indústria farmacêutica mundial.  É claramente o ditado “Cortam-se as pernas para se vender muletas, é isso que a indústria farmacêutica mundial está fazendo, indiscriminadamente.

Em uma entrevista com Dr. Emeran Mayer(Diretor e fundador do Centro de Microbioma do Cérebro-intestino da Universidade da Califórnia) ele tem estudado a relação entre doenças físicas e mentais e a saúde da microbiota intestinal. Mas como ter uma microbiota saudável com alimentos contaminados quimicamente? Quando não estão contaminados, o solo às vezes é pobre em nutrientes, como explicou: “Para se ter a mesma variedade/quantidade de nutrientes de uma laranja que se comia em 1950, hoje precisa-se comer oito laranjas”. E assim é com a maior parte dos alimentos de nossa atualidade, com honrosas exceções.

A natureza faz o acerto das desarmonias que ocorrem em meio a seu ciclo de vida e morte. Esse acerto é visto nas terras deserticas e inferteis, nas pragas cada vez mais agressivas e nas doenças que os pesticidas inflingem nos vegetais, animais e humanos. Todo abuso humano tem seu ônus à ser pago com vidas e sofrimento, infelizmente.

Os conglomerados farmacêuticos, juntamente com as grandes empresas de agrotóxicos são validadas pelos donos do mundo que pensam ser imunes aos efeitos dessa violência contra a natureza. Talvez pensem que vão achar outro planeta terra com a brevidade possível e necessária para salvar suas vidas e deixar para trás um planeta violado e corrompido em seu maior valor.

quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

Verdades Antigas e Atuais

Fotografia de Manuel Vieira

 "As pessoas se contentam com um nível de desespero que podem tolerá-lo e chamar isso de felicidade." 

Soren Kierkegaard (1813 - 1855) 

terça-feira, 9 de janeiro de 2024

 



O Alimento da Alma


"Certamente eu disse, o conhecimento é o alimento da alma; e precisamos ter cuidado, meu amigo, para que o sofista não nos iluda quando elogia o que vende, como os vendedores atacadistas ou varejistas que vendem o alimento para o corpo; pois eles elogiam indiscriminadamente todos os seus artigos, sem saberem quais são os realmente benéficos ou prejudiciais: nem tampouco o sabem os fregueses deles, salvo um educador ou médico que porventura deles compre. 

Analogamente, os que conduzem os produtos do saber, e perambulam pelas cidades, vendem-nos ou distribuem-nos a qualquer freguês o que deles esteja necessitando, elogiando-os da mesma maneira; embora eu não duvide, ó meu amigo, que muitos deles ignorem de fato o efeito deles sobre a alma, da mesma forma que seus fregueses, a menos que o que deles compre seja um médico da alma.

Se, portanto, vós compreendeis o bem e o mal, podeis com segurança adquirir conhecimentos de Protágoras ou de qualquer outro; porém, se não é esse o caso, ó meu amigo, parai e não arrisqueis vossos mais caros interesses em um jogo de azar. Portanto há perigo bem maior na aquisição de conhecimento do que na compra de carne e bebidas..." (Platão, Protágoras)

 

Fotografia de Regys Loureiro de Macedo

OS AMANTES DA ESCRAVIDÃO

Para o controle, doutrinação e sedação massiva da população mundial, a tecnologia se mostrou a droga mais eficaz em todos os sentidos e em todos os tempos historicamente registrados. As redes sociais, canais de “informação” e  “imprensa oficial”, são hoje, seguidas por bilhões de pessoas que não pensam mais, aceitam passivamente o que lhes é apresentado, e pior, replicam e divulgam para outros, como verdade, conteúdos com diferentes abordagem e alguns com objetivos nefastos. O que importa é distrair /sedar massivamente as pessoas e assim elas não perceberão, ou não se importarão com os desmandos dos governos, com as inverdades generalizadas, nem com os ataques a democracia em proporções planetárias.

Cada vez mais as notícias de primeira mão no Google, Bind etc são sobre frivolidades, elegendo cada vez mais “celebridades”, foco das notícias de cunho chulo, com  frequencia e volume assustadores. Sem falar na febre dos videos curtos que mantêm as pessoas sedadas por horas diante da pequena tela.

Indubitavelmente esse processo ocorre de forma mais ampla nos países subdesenvolvidos como o Brasil. Não há crítica da informação em um povo sem recursos intelectuais. Para se avaliar uma informação de forma mais efetiva, precisa-se de alguma bagagem sobre história, geografia e/ou conhecimentos gerais que proporcionem uma análise. Há décadas que não se vê ação no governo brasileiro para melhorar a educação escolar. Faço uma exceção aos  Centros Integrados de Educação Pública (CIEPs),  projeto belissamente estruturado pelo Sr. Darcy Ribeiro em 1983, infelizmente foi decaindo em qualidade até ser descontinuado após alguns anos pelos motivos óbvios. É patente o interesse do governo brasileiro em manter a população ignorante e miserável, receita antiga de manobrar e manter os “currais” eleitorais.

Hoje, enquanto os agricultores da Alemanha estão na maior manifestação do século em Berlim e em outras cidades, esses canais estão divulgando as fofocas e receitas dos “famosos” locais e internacionais. Nenhuma linha sobre as manifestações na França e Holanda também. Não se fala do excesso de mortes no mundo todo, já comprovado estatisticamente, e quando se fala, não mencionam o motivo, claro. Tudo que é realmente importante e esclarecedor nos dias de hoje, precisa ser pesquisado em canais que surgiram para suprir esse déficit de verdade e informações relevantes do Brasil e do mundo.

Os donos do mundo nunca estiveram tão perto do sonho do domínio planetário, entretanto, acredito que o segundo “round” dessa luta será para definir quem afinal será o ditador número um, esse provavelmente desencadeará a terceira guerra mundial.

Cada vez mais a agenda 2030 chega mais perto de ser instaurada e daqui a pouco teremos a seguinte “verdade” aceita pela maioria:

Você não vai ter nada, vai ser feliz e irá amar a sua escravidão”.