quarta-feira, 30 de setembro de 2009

O Indivíduo

A individualização que a suposta democracia nos trouxe, foi acompanhada de uma “ideia” de liberdade reforçada pela queda das ditaduras, principalmente na América Latina.

Hoje percebe-se que essa individualização e pseudo liberdade nos custou o distanciamento da cidadania e a busca de uma liberação através do consumismo. Estamos sedados diante da mídia e nos limitando a ela, assim, encerramos nossos espíritos a essa medíocre medida.

Não podemos restringir nosso conceito de nós mesmos pelos “valores” vigentes. A falta de comprometimento é regra, ou seja, ninguém responde por seus atos, ninguém quer mais ter opinião própria para não ter que agir em conformidade com absolutamente nada.

Não nos mostramos mais pensantes, o silêncio é mais vantajoso!

terça-feira, 29 de setembro de 2009

A Paz


“Meditei muito tempo sobre o sentido da paz. A paz tão somente deriva dos filhos paridos, das colheitas arrecadadas, da casa até que enfim arrumada. A paz vem-nos da eternidade em que ingressam as coisas acabadas, perfeitas. Paz dos celeiros cheios, das ovelhas que dormem, dos lençóis dobrados, paz que apenas da perfeição nasce, paz do que se torna oferenda a Deus, uma vez bem feito.”
(Antoine Saint-Exupéry)


Entre outras possíveis definições do que seja “paz”, gosto muito dessa por sua descrição simples e nada sobrenatural. Contudo, creio que a paz envolve outros aspectos do ser humano tais como a consciência, ética e, principalmente, fazer opções de vida consoantes a própria essência.

O medo de ser livre


“O medo de amar é não arriscar
esperando que façam por nós
o que é nosso dever - recusar o poder”
(“O Mede de Amar é o medo de ser Livre” – Beto Guedes)


Quando os hippies, nos anos 60 e 70 proclamaram a mensagem de paz e amor ao mundo, eles deixaram claro que o desapego as coisas materiais fazia parte do pacote. Hoje queremos tudo ao mesmo tempo: qualidade de vida, trabalhar numa empresa em altos cargos, estar com a família, acumular riquezas e poder, gozar a vida, etc. É aí que o conflito se instaura. Há um preço a se pagar, temos que saber “recusar o poder” para recebermos as coisas boas que vem com essa opção, bem como buscarmos outros pontos de equilíbrio, ás vezes não tão agradáveis, para usufruir também do lado material, imprescindível para a manutenção de nossas vidas. Cada um deve saber sua própria medida, tanto em relação aos sacrifícios como em satisfação. Não precisamos estar exatamente de um lado ou do outro, podemos optar buscando certo equilíbrio. E tudo acompanha o mesmo pensamento....Só não dá pra querer demais!

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Temporais..

Experiências negativas, sejam relacionadas a nossa saúde ou de pessoas próximas, bem como morte e grandes abalos no padrão de vida, são situações que nos fazem iguais ao resto do mundo e nos remetem a uma reflexão mais lúcida sobre a vida.

Em nossa cultura o sofrimento é tratado como exceção, porém muitos vivenciam-no com constância, daí ocorrer aquela sensação de que a “dor de barriga” só dá no vizinho....
Essa maneira de pensar nos fragiliza emocionalmente e prejudica nossa atitude diante das situações difíceis. Temos que modificar nossa prontidão para o que acontece fora do que seria desejável, para evitar que a vida seja encarada como uma sequência de lamentações.
Vamos cuidar de nosso presente para colhermos melhores frutos em todos os sentidos da vida. Contudo, não deixemos de ter em mente que tudo pode acontecer e que temos que ser fortes e estarmos aptos a cuidar do inesperado. Paralelamente, não podemos deixar de continuar a buscar e favorecer os momentos felizes... SEMPRE.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Os sonhos não envelhecem...

“...Por que se chamava homem
Também se chamava sonhos
E sonhos não envelhecem...”
(Flávio Venturini)

Nos renovamos a cada broto de sonho que nasce em nossa alma...deles vêm o entusiasmo, as bochechas quentes e um brilho inigualável nos olhos! Sopro de ar fresco que varre a poeira de nossas desilusões e nos prepara para uma nova investida.
Dessa forma pode se dizer que somos a dimensão de nossos sonhos...

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Incompletos....mas felizes

Normalmente sempre colocamos a incompletude como algo negativo, mas nem sempre isso é verdade. A ideia perfeccionista do senso comum muitas vezes nos atrapalha refletir sobre a real importância de cada influência em nossas vidas. É a mesma ideia do vazio, ele é necessário tanto mental como fisicamente.

Um amigo abordou em seu blog (http://kerstingesculturas.blogspot.com/ ) a questão dos fragmentos como parte importante de nossa trajetória. Ele diz que as coisas que deixamos de fazer muitas vezes criam “alicerces invisíveis” e positivos para nossa vida e concordo plenamente com essa forma de pensar.

Relacionamentos não concretizados ou interrompidos, cursos incompletos, projetos inacabado podem servir e serem tão enriquecedores e importantes às nossas vidas como qualquer outra vivência totalmente finalizada. Talvez seja interessante pensar se algumas coisas que estamos fazendo no momento ajudariam mais se não fossem terminadas....Então?!?!