quinta-feira, 6 de junho de 2024

Educação Familiar


 

“As fundações de nossa capacidade para diferenciar entre bem e mal são assentadas na infância; a princípio no que toca as funções fisiológicas e depois com referência a questões de comportamento mais complexas. A criança adquire um sentimento de distinção entre o que é bom ou mau antes de aprender a diferença pelo raciocínio.” (Erich Fromm – “A  Análise do Homem” - pag 20)

 

Antes de ser mãe costumava ter um olhar crítico observando como as outras pessoas educavam seus filhos.

Assim que me tornei mãe vi que a empreitada é bem mais complicada pois fazemos comparações com base na educação que tivemos, tanto nos erros como nos acertos, essa educação teve um contexto histórico e social bem diferentes do atual. O que se precisa ter em mente é que o bom resultado da educação familiar tem variáveis, tais como: originalidade de cada ser, aspectos (físicos, neurológicos etc) inatos de cada filho, contexto social e a mentalidade vigente, pouco contato dos pais com os filhos por motivos de trabalho e às vezes a falta de habilidade que cada educador(pais ou outros) tem de se comunicar, tratar e reagir junto aos filhos.

Os pais não devem ter medo de perder o afeto de seus filhos ao corrigir as ações que não condizem com os princípios básicos de respeito a si e ao outro, responsabilidade, honestidade, trato cordial, e responsabilidade por seus atos e palavras. Quando os pais são omissos, as crianças se sentem inseguras, sem um “norte”, isso sim, é uma grande abertura para a adoção de valores inversos. A educação familiar é a raiz, a base de um ser humano.

Atualmente os pais têm muita dificuldade de serem firmes e de corrigirem os desvios em tempo real. Existe também uma mentalidade de “reverenciar” os filhos, forma absurda e permissiva, o que lembra a frase “Muitos querem ter filhos, mas nem todos querem ser pais.” Não se deve pensar que as crianças serão educadas na escola, lá é outro ambiente, sendo que a proposta é adquirir conhecimento, a base de valores e princípios deve vir da família. Atualmente poucas escolas trabalham com  filosofia pedagógica, a qual seria o fio condutor de todos os projetos daquela instituição. Algumas tratam os alunos como “clientes” à serem agradados, algo como “vender educação”. A escola que pensa dessa forma tem que fechar as portas em minha opinião. A instituição educacional deve respeitar o aluno e ensiná-lo a respeitar, deve prover uma formação de qualidade e coerente com a filosofia da escola, oferecendo um ambiente sadio, limpo e cheio de estímulos que colaborem para a formação de princípios e valores elevados.  

 A mentalidade deve ser a de respeitar sim as individualidades de cada um, porém um direito se esvai quando o desrespeito se inicia pela outra parte, principalmente se ela for menor de idade. A criança na primeira infância (0 a 6 anos) não tem insumos para saber o que é bom ou não para ela, por isso eles precisam de atenção, orientação e correção dos desvios.  

Como diria Rubem Alves, devemos ensinar as crianças a pensar, uma vez desenvolvida essa habilidade, ela terá facilidade de aprender de tudo na vida. Em tempos de divulgação em massa de informações de todo tipo e teor, devemos acrescentar a crítica da informação em nossos esforços em preparar os pequenos para a vida. Para que, ao acessarem uma informação, tenham por hábito checar historicamente se faz sentido o que está sendo veiculado e decidir o que fazer com ela, mesmo que tenha que ir “contra a maré” da maioria.

CORTAM-SE AS PERNAS E VENDEM-SE MULETAS


 

O mundo nunca teve tantas pessoas doentes como hoje, tanto física como mentalmente(excesso de mortes entre jovens e adultos - Dr. John Campbell - YouTube) e índices altos de suicídio em vários países). A superpopulação traz esse tipo de ameaça, onde temos aglomeração de um número muito grande de algum animal, as doenças irão aparecer. No entanto creio que temos outros fatores preponderantes, que acredito serem: excesso de agrotóxicos e químicas debilitantes na água, terra e alimentos, excesso de uso de medicamentos – incluindo nefastos efeitos colaterais de supostos imunizantes - e solos empobrecidos(tiramos da terra e não a alimentamos).

As pessoas buscam solução nos médicos, que por sua vez são formados nas universidades por meio de apostilas de laboratórios farmacêuticos. Não utilizam os conhecimentos de centenas de anos da medicina ocidental nem da milenar medicina oriental. Eles não aprendem a investigar a raiz da doença para curá-la, foram formados para prescrever substâncias químicas, que nem eles mesmos são capazes de prever o impacto delas na saúde de uma pessoa. Ou seja, o “remédio” muitas vezes é a causa de outras doenças, que levam à mais “remédios” e assim o ciclo interminável de doenças se instala. A realidade que vivemos é que vidas humanas estão sendo usadas como combustível para alimentar, com bilhões de dólares, a indústria farmacêutica mundial.  É claramente o ditado “Cortam-se as pernas para se vender muletas, é isso que a indústria farmacêutica mundial está fazendo, indiscriminadamente.

Em uma entrevista com Dr. Emeran Mayer(Diretor e fundador do Centro de Microbioma do Cérebro-intestino da Universidade da Califórnia) ele tem estudado a relação entre doenças físicas e mentais e a saúde da microbiota intestinal. Mas como ter uma microbiota saudável com alimentos contaminados quimicamente? Quando não estão contaminados, o solo às vezes é pobre em nutrientes, como explicou: “Para se ter a mesma variedade/quantidade de nutrientes de uma laranja que se comia em 1950, hoje precisa-se comer oito laranjas”. E assim é com a maior parte dos alimentos de nossa atualidade, com honrosas exceções.

A natureza faz o acerto das desarmonias que ocorrem em meio a seu ciclo de vida e morte. Esse acerto é visto nas terras deserticas e inferteis, nas pragas cada vez mais agressivas e nas doenças que os pesticidas inflingem nos vegetais, animais e humanos. Todo abuso humano tem seu ônus à ser pago com vidas e sofrimento, infelizmente.

Os conglomerados farmacêuticos, juntamente com as grandes empresas de agrotóxicos são validadas pelos donos do mundo que pensam ser imunes aos efeitos dessa violência contra a natureza. Talvez pensem que vão achar outro planeta terra com a brevidade possível e necessária para salvar suas vidas e deixar para trás um planeta violado e corrompido em seu maior valor.