quinta-feira, 17 de abril de 2014

Mascar chiclete e caminhar...


Não sou budista mas gosto muitíssimo da filosofia e seus fundamentos. Thich Nhat Hanh, famoso monge budista, originário do Vietnã, tenta nos ensinar a necessidade de exercermos a “atenção total” ao que fazemos. Seja caminhar, comer ou cantar, as ações devem ser feitas uma de cada vez, com total foco, sem devaneios mentais. Quando nos propomos fazer as coisas dessa forma, vemos o quanto é difícil, principalmente, depois de receber durante anos a ideia esmagadora que temos que ser multitarefas.

Já há algum tempo se instaurou pressa e ansiedade em tudo o que se faz. Esse comportamento,  as vezes,  é uma agitação que vai tomando conta da pessoa e, quando se percebe, está  fazendo as coisas de forma desfocada sem motivo. No entanto, se analisarmos bem, conclui-se da pessoa que está sempre apressada que, ou ela não sabe equilibrar a quantidade de atribuições que se compromete a realizar ou é uma pessoa que deixa para fazer as coisas sempre em cima do prazo.


Busco fazer as coisas com mais atenção e com isso mais vagar, porém dentro do ambiente de trabalho isso é mais difícil ainda, pois as pessoas tendem nos  cobrar o jeito que elas mesmas fazem as coisas. Como resposta a pressão de se fazer várias coisas ao mesmo tempo e com pressa, respondo que não consigo mascar chicletes e andar ao mesmo tempo...engraçado como as pessoas reagem a essa frase.rsrsr

2 comentários:

Anônimo disse...

Boa noite, Helena!
Como é bom receber esses "toques" de vez em quando. Por mais consciência que tenhamos disso, as vezes é preciso que alguém nos mostre o quão danoso isso pode ser. Corremos desesperadamente atrás das horas enquanto o dia, cada vez menor, se esvai sorrateiramente noite a dentro. E depois vem outro dia, outro dia ... E de repente nos damos conta de há quanto tempo não desconectamos. Definitivamente, por mais que tentemos evitar, somos afetados pelo mal da modernidade. Saudades daqueles dias longos, tardes preguiçosas, conversas descompromissadas. Essas coisas que parecem ficaram para trás, num tempo distante que aos poucos amarelam na memória. Saudades de estar com amigos ao redor de uma fogueira e não estar ansioso pelo amanhã. Apenas estar ali,demoradamente, olhando labaredas e sombras ...

Helena Erthal disse...

Lindo comentário!! temos que resgatar esse "estado de mente" o qual nos proporciona esse tipo de paz e tranquilidade. Somente através de novas opções em nossas vidas podemos fazer isso. Hoje busco com todas as minhas forças fazer opções que me levem a esse caminho. Mas toda transformação começa dentro de nós para então chegar a ser realmente vivida. obrigada por visitar o "Lua"
um abraço