quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Encostei-me

(Poesia de Alvaro de Campos - Fernando Pessoa)


Encostei-me para trás na cadeira de convés e fechei os olhos,

E o meu destino apareceu-me na alma como um precipício.

A minha vida passada misturou-se com a futura,

E houve no meio um ruído do salão de fumo,

Onde, aos meus ouvidos, acabara a partida de xadrez.

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