sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Cheiro de Mato - Fátima Guedes

Ai, ai o mato, o cheiro,o céu
O rouxinol no meio do Brasil
O Uirapuru canta prá mim

E eu sou feliz
Só por poder ser
Só por ser de manhã, manhã, manhã
Manhã, manhã

Nessa clareira o Sol
Se despe feito brincadeira
Envolve quente a todo ser vivente
Taperebá

Canela, tapinhoã, nã nã nã nã
Não faço nada
Que perturbe a doida a louca passarada
Ou iniba qualquer planta dormideira
Ou assuste as guaribas na aroeira

Em contra-ponto com pardais urbanos
Tão felizes soltos dentro dos meus planos
Mais boquiabertos que os meus vinte anos
Indóceis e livres como eu

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