segunda-feira, 8 de junho de 2015

“Nossa maior tragédia é não saber o que fazer com a vida.”(José Saramago)


Me impressiono ao perceber o quanto as pessoas se sentem cada vez mais carentes e solitárias com todo esse aparato eletrônico e suas múltiplas facilidades de comunicação. Já se tornou um comportamento compulsivo estar constantemente preso a esses eletrônicos. Vê-se o bebê a mãe e o pai num restaurante, sem se falarem, porém, todos operando seus brinquedinhos.
  
As pessoas perderam a satisfação de estarem simplesmente  com elas mesmas, ou, estando com alguém, simplesmente conversar e poder olhar a expressão da pessoa, percebendo sua expressão, o movimento de suas mãos, o tom de voz e, principalmente, o seu olhar. Cada vez mais desconfortáveis quando em silêncio e/ou sozinhas, precisam manter o tempo todo, o ir e vir das mensagens, mensagens, mensagens, mensagens, mensagens....

Indivíduos que se sentem incompletos e buscam nesse roldão de contatos a parte que falta. Dessa forma, não percebem a riqueza adormecida em suas personas e o quanto estão repletas de possibilidades incríveis. Não sabem o que fazer com suas vidas, não cultivaram sua energia interior, necessária para se sentirem plenos e fortes diante dos desafios da vida.