quarta-feira, 19 de outubro de 2011

A recompensa

Analisando minha trajetória, pude verificar que nem sempre vivemos realmente, no sentido pleno da palavra. Posso dizer que tive uns oito anos de vida automatizada, principalmente no começo de minha vida profissional. Não sei se isso ocorre com a maioria mas vejo como desperdício se não acordamos para esse fato dentro de um tempo razoável (no meu caso acho que demorei até demais...rsrs).


Imbuída de muito energia e determinação iniciei a vida profissional com a ideia de “ralar” pra chegar a “merecer” legitimamente melhores cargos, salários e toda essa “estória pra boi dormir”... Só que com o tempo, anos de dedicação, você percebe que aquele esforço todo não é, e não será recompensado. Por ser a pessoa que funciona você é escolhido para PERMANECER ali....cri ...cri (esse é o grilinho que diz que a gente parou no tempo e do jeito errado). Como no livro de William Somerset Maugham, “O Fio da Navalha”, o personagem diz(mais ou menos assim), após terrível sofrimento:”Eu pensei que trilhando o caminho correto e sendo uma boa pessoa eu teria uma recompensa.....mas agora percebo que não existe recompensa”.


Sejamos sérios, profissionais mas não vamos nos iludir, estamos no mundo das aparências, ou optamos em fazer esse jogo, ou, se é muito pro nosso estômago aguentar, teremos que seguir em paz e preocupados em descobrir nessa vida várias formas de realização.

Um comentário:

zé maria disse...

pois é... por esse seu ponto de vista, mais claro o queo dia: me pergunto o quanto ainda iremos nos punir, nos torturar com o drama de nossas perdas de vitalidade, de tempo... pelo esvair de nossa energia intelecto-criativa em prol da energia corporativista?