quinta-feira, 29 de abril de 2010
Indivíduo
Nós somos seres indivisíveis, nossas experiências incompartilháveis. Cada um tem sua própria vivência de cada aspecto da vida. Essa, proporcionará um ponto de vista e destino peculiares a cada percepção diferenciadamente.
terça-feira, 27 de abril de 2010
Entre tropeços e mancadas
Gosto de refletir sobre como certas “químicas” ocorrem no relacionamento humano. Algumas vezes fica só por conta da imaginação e das ligações que fazemos com nossas fantasias. Por outro lado existem outros aspectos que fazem parte do magnetismo humano que podem dar uma ideia depreciativa inicialmente, mas no fundo ocorre o oposto. Pensando de forma mais abrangente, não limitando o assunto ao relacionamento amoroso, percebo que as pessoas se atraem mais pelas imperfeições alheias do que realmente por suas virtudes e qualidades. Ao mesmo tempo que queremos sumir ao darmos aquela mancada fatal ou quando aquele inevitável tropeção nos deixa desconcertados e sem jeito, talvez exista um certo encantamento nesses terríveis momentos. É que não podemos imaginar que outra pessoa possa, de alguma forma, apreciar e se atrair por nossos atos falhos.
Falando em virtudes e defeitos muitos podem dizer que não se atraem pelo feio, imperfeito e/ou “em desenvolvimento”, mas já pensou como seria se as pessoas só se atraíssem pelas qualidades!?!? Não haveria humanidade...O que nos nivela como humanos é exatamente a falibilidade e assim, de alguma forma, esse acaba sendo o elo que nos une, contribuindo para que cheguemos a um grande sentimento, o da compaixão. Essa não é uma ode a imperfeição pois acredito que todos nós almejamos o melhoramento, por mais desgraçados que sejamos de alma e/ou caráter. Mesmo porque a maturidade nos ajuda a buscar os reais valores da vida, que coadunam com o enobrecimento de nossas personas.
Falando em virtudes e defeitos muitos podem dizer que não se atraem pelo feio, imperfeito e/ou “em desenvolvimento”, mas já pensou como seria se as pessoas só se atraíssem pelas qualidades!?!? Não haveria humanidade...O que nos nivela como humanos é exatamente a falibilidade e assim, de alguma forma, esse acaba sendo o elo que nos une, contribuindo para que cheguemos a um grande sentimento, o da compaixão. Essa não é uma ode a imperfeição pois acredito que todos nós almejamos o melhoramento, por mais desgraçados que sejamos de alma e/ou caráter. Mesmo porque a maturidade nos ajuda a buscar os reais valores da vida, que coadunam com o enobrecimento de nossas personas.
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Menos
A velocidade imposta pela modernidade compromete cada vez mais a qualidade de nosso viver. Quanto mais rápidos, menos conscientes. De repente nos vemos falando e fazendo coisas que nada tem a ver com nossa maneira de pensar e ser. Num instante, num estalar de dedos, magoamos pessoas, desperdiçamos coisas, passamos por cima da ética...e como num passe de mágica achamos que isso tudo já passou...mas os efeitos ficam. Aperte o freio, vá mais devagar, o que escapulir enquanto se pensa mais e se escolhe de uma maneira sensata o que fazer, não deve fazer tanto estrago quanto viver de forma repentista.
Vivendo mais conscientes, a percepção se aprimora e nos dá oportunidade de apreciar os detalhes que a qualquer momento podem nos trazer momentos de prazer e enlevo. É muito importante o tipo de energia que emanamos, se não estamos conscientes de cada passo, gesto, sorriso que passamos para o mundo, não perceberemos quão importantes eles realmente são para nós e para os que nos cercam.
Mais importante que a velocidade é a direção, para onde vamos tão rápido!?!?
Vivendo mais conscientes, a percepção se aprimora e nos dá oportunidade de apreciar os detalhes que a qualquer momento podem nos trazer momentos de prazer e enlevo. É muito importante o tipo de energia que emanamos, se não estamos conscientes de cada passo, gesto, sorriso que passamos para o mundo, não perceberemos quão importantes eles realmente são para nós e para os que nos cercam.
Mais importante que a velocidade é a direção, para onde vamos tão rápido!?!?
quarta-feira, 7 de abril de 2010
A Páscoa e a Era espacial
Achei arrojado por parte de Joseph Campbell fazer um paralelo entre o simbolismo da Páscoa e a ida do homem à Lua. Parece muito louco, mas no fundo faz sentido, pelo menos fez para mim. Ele coloca a Páscoa que se inicia com o sacrifício, o qual eleva Jesus a uma “outra vida” através da ressurreição, deixando para trás uma tradição (todo seu legado confrontava a tradição judaica vigente). Essa renovação é bem clara quando Campbell diz “somos intimados a escapar da servidão de nossa antiga tradição”. Assim a Páscoa marca a capacidade do homem de se renovar através da “morte” de elementos passados que impedem sua transcendência. Até aí nenhuma novidade, no fragmento abaixo ele explica um pouco sobre essa associação de ideias:
“Após a caminhada na lua, não foi possível mais sustentar o mito religioso que alimentava tais idéias. Graças à nossa visão da ressurreição da Terra, pudemos ver que a Terra e os céus não eram mais divididos, mas que a Terra está nos céus. Não há divisão e todas as noções teológicas baseadas na distinção entre os céus e a Terra ruíram com essa compreensão. Há uma unidade no universo e uma unidade em nossa própria experiência. Não podemos mais buscar uma ordem espiritual fora de nossa própria experiência.”(“Isto és Tu” – JC)
Como explicado acima, a era espacial chegou para romper com muitas tradições e contribuir para o homem renovar sua forma de pensar a vida, tanto em relação a sua presença na Terra como no universo. Algumas pessoas banalizam essa conquista da humanidade, mas isso acontece por não visualizarem que tipo de avanço para nossa mentalidade a mesma trouxe.
A partir da ideia de que “...somos movidos pelo assombro para nossas maiores aventuras”, só podemos renovar nossa capacidade de assombro se conseguirmos mudar, nos renovando a cada momento de virada que a vida nos oferece e não ignorarmos essas chances. O sacrifício de algo estará lá para marcar a relevância de se renascer para uma nova ordem, para uma nova vida.
“A Páscoa não é Páscoa a não ser que nos liberte até mesmo da tradição oferecida por tais festas”.
“Após a caminhada na lua, não foi possível mais sustentar o mito religioso que alimentava tais idéias. Graças à nossa visão da ressurreição da Terra, pudemos ver que a Terra e os céus não eram mais divididos, mas que a Terra está nos céus. Não há divisão e todas as noções teológicas baseadas na distinção entre os céus e a Terra ruíram com essa compreensão. Há uma unidade no universo e uma unidade em nossa própria experiência. Não podemos mais buscar uma ordem espiritual fora de nossa própria experiência.”(“Isto és Tu” – JC)
Como explicado acima, a era espacial chegou para romper com muitas tradições e contribuir para o homem renovar sua forma de pensar a vida, tanto em relação a sua presença na Terra como no universo. Algumas pessoas banalizam essa conquista da humanidade, mas isso acontece por não visualizarem que tipo de avanço para nossa mentalidade a mesma trouxe.
A partir da ideia de que “...somos movidos pelo assombro para nossas maiores aventuras”, só podemos renovar nossa capacidade de assombro se conseguirmos mudar, nos renovando a cada momento de virada que a vida nos oferece e não ignorarmos essas chances. O sacrifício de algo estará lá para marcar a relevância de se renascer para uma nova ordem, para uma nova vida.
“A Páscoa não é Páscoa a não ser que nos liberte até mesmo da tradição oferecida por tais festas”.
quinta-feira, 1 de abril de 2010
De Volta
Hoje voltei das férias. Nesse primeiro dia de trabalho ainda tenho minha percepção aguçada pelo valioso descanso de 30 dias. Um dos aspectos que percebo importante em um ambiente de trabalho é como a relação com as pessoas nos acrescenta. Tendemos a pensar que só os nossos “amigos escolhidos” é que nos acrescentam afetiva e intelectualmente mas isso é um engano, quantas pessoas nos surpreendem positivamente em lugares e situações diferenciadas!?!?
O ambiente de trabalho pode ser, e muitas vezes é, um ambiente onde cabe certo poder de transformação. Seja no momento do cafezinho onde conversamos descontraidamente assuntos banais mas que podemos perceber cada um com seu jeito e sua forma peculiar de pensar e ser. Ou pode ser também na hora da pressão psicológica onde todos estão alterados, cada um de uma forma diferente, nem sempre civilizada. O conjunto de reações e ações advindos do trabalho tem vários desdobramentos e um deles pode nos acrescentar algo mais elevado do que esperamos encontrar nesse ambiente.
A vida está em qualquer lugar, é só estar ligado para percebê-la!
A vida está em qualquer lugar, é só estar ligado para percebê-la!
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