“A liberdade é a capacidade de darmos um sentido novo ao que parecia fatalidade, transformando a situação de fato numa realidade nova, criada por nossa ação. Essa força transformadora, que torna real o que era somente possível e que se achava apenas latente como possibilidade, é o que faz surgir uma obra de arte, uma obra de pensamento, uma ação heróica...”(Marilena Chauí)
Procuro resposta a uma ansiedade que se instaurou em minha alma. Momento de reflexão e de angústia sem certeza de chegar a alguma luz. Luz de liberdade, de esclarecimento de verdades elementares as quais poucos conseguem permitir a consciência alcançar. Quero lançar-me, transgredir...como??!!
Toda liberdade e desprendimento buscados se esvão na estrutura de vida e responsabilidades optadas há algum tempo... são grilhões sim, mas como negar que também são felicidades gostosas, sentir o conforto, muitas vezes também o amor e o carinho advindos dessas opções. Talvez sejam somente as dualidades da vida...ou essa seria uma resposta “conveniente” às convenções?!? É o que a Marilena Chauí quer dizer com “..ao que parecia fatalidade...”, ou seja , introspecta-se um fatalismo de que não se pode fazer diferente ou viver de outra forma.
Busca-se uma complexidade na vida que não é adequada, muito menos proveitosa para quem busca a liberdade. Felicidade é mais atitude do que momento. Saúde é condição e resultado de como se vive. Amor é indefinível e incondicional. Melhor simplificar nossa vida, saber o que se quer, dar importância a direção que se segue, fazendo, ao mesmo tempo, a manutenção das relações de afeto.
Pensa-se em “aproveitar a vida”, mas às vezes deturpa-se o que poderia ser mais fantástico dentro dessa perspectiva. Muitas vezes é simplesmente fazer o que se pensa ser impossível...criar caminhos novos... Tudo é possível basta pensar se o preço à pagar é compensatório em comparação ao resultado.