Percebo, numa frequência cada vez maior, o uso
de expressões como: “politicamente correto”, “fulano é do bem” entre outras, as quais
ora vão validar ou invalidar ações humanas. Elas pretendem enfatizar o que é “bom”, distinguindo do que poderia
ser alvo de acusações e críticas negativas.
As pessoas buscam ser validadas pelas outras e isso me parece tremendamente forçado. Nos
posicionar como crianças que necessitam de aprovação não é somente uma atitude
infantil, mas irá, com o tempo, fragilizando-nos, criando confusão até o ponto
de não sabermos mais como agir. Creio que esse tipo de comportamento nasce da
necessidade do indivíduo se sentir parte de um grupo, e assim, protegido de
alguma forma.
É fundamental manter a lucidez para que nossos
atos não virem um conjunto de direcionamentos incoerentes e, antes de tudo, refletirmos antes de adotarmos certas atitudes e/ou
discursos como parte de nossa essência. Não reforçar o “poder” de quem se
considera parâmetro para julgar os atos alheios me parece mais adequado do que
tentar satisfazer esse ego superdimensionado.
A diversidade em pensar e agir é que
faz o mundo evoluir, crescer, decair, poluir ....e assim por diante, não
podemos querer assumir o controle pois não vamos mudar o mundo.
“Nossa tarefa consiste em endireitar nossas próprias vidas” (Joseph Campbell)
Respeitando os limites comuns à convivência em sociedade,
nossa autenticidade se estabelece como a
única verdade que devemos seguir. O resto é aprendizado, lento e gradual para não
nos tornarmos “outros”.